Trump faz ameaças ao Brics, sugerindo a imposição de tarifas de 100% caso optem por substituir o dólar como moeda oficial
- marilda ramos
- 30 de nov. de 2024
- 2 min de leitura

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, exigiu que os países membros do Brics não criem uma nova moeda ou apoiem outra moeda que substitua o dólar, sob pena de sofrerem tarifas de 100%. Essa exigência foi feita após a cúpula do Brics em Kazan, na Rússia, onde os líderes discutiram a possibilidade de criar uma moeda própria para reduzir a dependência do dólar nas transações comerciais entre os países do bloco.
Donald Trump, presidente eleito dos EUA, exigiu que os países do BRICS não criem uma moeda alternativa ao dólar, sob pena de tarifas de 100% sobre suas exportações para os EUA. Essa declaração foi feita em sua plataforma de mídia social, Truth Social.
Trump afirmou categoricamente que os BRICS não têm chance de substituir o dólar americano no comércio internacional e alertou que qualquer país que tentar fazer isso terá de se despedir dos EUA.
Desde janeiro de 2024, o Brics conta com dez membros plenos, sendo eles: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos. Essa expansão foi anunciada durante a cúpula do Brics na África do Sul, em agosto de 2023.
A Presidência da República do Brasil e o Ministério das Relações Exteriores não emitiram declarações sobre o assunto.
Em outubro, durante a reunião de cúpula do Brics em Kazan, Rússia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o avanço na criação de meios de pagamento alternativos entre os países membros, com o objetivo de reduzir a dependência do dólar.
Uma das principais prioridades do Brasil no BRICS é desenvolver um mecanismo de compensação de pagamentos em moedas locais, reduzindo a dependência do dólar nas transações internas do bloco.
O Brasil assume a presidência do BRICS em 2024 e 2025, com planos de impulsionar a criação de um mecanismo de pagamento alternativo ao dólar e ampliar o papel do Novo Banco de Desenvolvimento, atualmente liderado por Dilma Rousseff. Para mais detalhes, recomendo uma busca online.
Encontro com o primeiro-ministro do Canadá
Neste sábado, Donald Trump se reuniu com o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, em Mar-a-Lago, e considerou o encontro "muito produtivo".
Nela, os líderes discutiram questões fronteiriças, além de comércio, energia e o Ártico.
"Discutimos diversos assuntos cruciais que demandam cooperação bilateral, como a crise de fentanil e drogas relacionada à imigração ilegal, acordos comerciais justos que protejam os trabalhadores americanos e o déficit comercial entre EUA e Canadá", afirmou Trump.
"Trudeau se comprometeu a colaborar conosco para acabar com essa devastação terrível que afeta as famílias americanas", acrescentou Trump.
Embaixador na França
O presidente americano eleito, Donald Trump, escolheu Charles Kushner, pai de Jared Kushner e magnata do setor imobiliário, para ser o embaixador dos EUA na França.
Trump descreveu Charles Kushner como "um líder empresarial tremendo, filantropo e negociador" que será um "forte defensor representando nosso país e seus interesses".
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