O governo Maduro é acusado de cortar água potável e restringir alimentos na embaixada venezuelana sob custódia do Brasil, segundo a oposição
- marilda ramos
- 28 de nov. de 2024
- 2 min de leitura

O regime de Nicolás Maduro cortou o acesso à água potável e está restringindo a entrada de alimentos na Embaixada da Argentina na Venezuela, que está sob custódia do Brasil, de acordo com a oposição venezuelana. Estas revelações foram feitas hoje, quinta-feira, 28 de março.
Seis opositores do governo Maduro, colaboradores da líder da oposição María Corina Machado, encontram-se refugiados na embaixada, cercada desde setembro pelas forças de segurança venezuelanas em Caracas.
O Brasil assumiu a responsabilidade pela Embaixada da Argentina na Venezuela após o governo de Nicolás Maduro expulsar os representantes diplomáticos argentinos do país no final de julho.
De acordo com a oposição, o governo venezuelano cortou também o fornecimento de energia elétrica na embaixada. O candidato da oposição nas eleições presidenciais, Edmundo González, denunciou que o governo está desrespeitando os direitos humanos.
"Essas ações violam direitos fundamentais e acordos internacionais de proteção e refúgio diplomático. Exigimos respeito à humanidade e ao direito internacional."
Edmundo González, ex-candidato da oposição venezuelana, vive exilado na Espanha após deixar a Venezuela. Em julho, as autoridades eleitorais controladas por Maduro anunciaram que ele ficou em segundo lugar nas eleições presidenciais. Contudo, a oposição sustenta que González venceu com folga, comprovado por dados de documentos impressos pelas urnas de votação. Antes de partir, González estava refugiado na embaixada da Espanha para evitar prisão, pois se recusou a comparecer a depoimentos convocados pelo Ministério Público venezuelano.
A Convenção de Viena (1961) estabelece que embaixadas e consulados são considerados invioláveis e território do país representado.
De acordo com a Convenção de Viena, a entrada de agentes do Estado em embaixadas ou consulados requer autorização prévia do chefe da missão estrangeira, cabendo, neste caso, uma autorização brasileira.
Entrar sem autorização seria uma violação do direito internacional.
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